sábado, 26 de março de 2011

CURIOSIDADE DA FAMÍLIA NEVES

Há uma frase que chegou ao Brasil, muito usada no passado:

"
Até aí, morreu o Neves".

Ninguém sabe ao certo a origem da frase. O máximo que já consegui, depois de muita pesquisa, foi saber que, segundo João Ribeiro, citado por Antenor Nascentes, em seu Tesouro da Fraseologia Brasileira (terceira edição revista por Olavo Aníbal Nascentes. [Rio de Janeiro]: Editora Nova Fronteira, [1986], s. v. Neves), a frase  «Até aí morreu Neves» poderia ter origem em algum entremez, vaudeville ou comédia.
O dramaturgo, escritor e jornalista Nelson Rodrigues (nasceu em Recife, mas mudou-se para o Rio de Janeiro) usou-a muito em seus escritos. A idéia é que, embora a morte do Neves seja um fato grave (alguém morreu), como ele representa apenas um ilustre desconhecido sem qualquer relação com os interlocutores, o fato não traz qualquer implicação maior e pode ser ignorado.

Expressões brasileiras
“Até aí, morreu o Neves !”
Qualquer um com mais de 40 anos, mesmo não sendo fã do Nelson Rodrigues, já deve ter ouvido a expressão: “até aí, morreu o Neves”.
A idéia é que, embora a morte do Neves seja um fato grave (alguém morreu), como ele representa apenas um ilustre desconhecido sem qualquer relação com os interlocutores, o fato não traz qualquer implicação maior e pode ser ignorado.
Ainda que a expressão em si já esteja em desuso, a atitude não poderia estar mais em voga.
Muito comum, principalmente
em empresas multinacionais de origem norte americana que sofrem da síndrome do excesso jurídico, a crença de que “se não é da minha área então não é problema meu” encontra forte ressonância também no território nacional.Talvez seja, no nosso caso, um efeito colateral de implementações de sistemas de otimização de gestão mal conduzidas.
Fato é que, ainda que a morte do Neves tenha ocorrido em outro departamento, a conta do enterro pode vir parar no seu centro de custo, e certamente o féretro circulará por toda a empresa, lembrando-nos de que
poderíamos ter feito algo por ele quando ainda em vida.
E a sensação final será a de que, tal qual Elvis, o Neves não morreu. Ficará na memória de todos por um bom tempo.


FAMÍLIA

Segundo o dicionário de Houaiss, o vocábulo “família” pode significar, num sentido mais restrito “grupo social básico, formado por pai, mãe e filhos”, num sentido mais abrangente “pessoas ligadas entre si pelo casamento ou qualquer parentesco”, e ainda num sentido geral “grupo de seres ou coisas com características comuns”.
A palavra “família” é de origem latina (família ae), e é usada para definir um vínculo doméstico, íntimo.
No hebraico bíblico, o termo para família é mispahah, que significa “família, clã”, isto é, todos os integrantes de um grupo que estavam relacionados por sangue e que ainda sentiam um senso de consangüinidade, parentesco.
No grego do Novo Testamento bíblico, temos a palavra oikos, que pode significar “habitação, casa, lar ou família e pátria, que primeiramente significa “ascendência, linhagem, tribo.
A palavra “família” é de origem latina (família ae), e é usada para definir um vínculo doméstico, íntimo.
Antroponímia é o estudo do nome das pessoas. O vocábulo foi cunhado em 1887 pelo filólogo português Leite de Vasconcelos, que dedicou um capítulo de suas 'Lições de Filosofia Portuguesa' ao: 'Onomástico Antigo e Moderno'. Ambos os vocábulos foram criados a partir do grego: onomatos, 'nome', e anthropos, 'homem', mais onoma. Diz o mestre: "O 'estudo dos nomes próprios em geral' chama-se onomatologia. O dos nomes geográficos tem em particular o nome de toponímia. Podíamos dizer paralelamente, com relação aos nomes de pessoas e seres personificados, antroponímia."
O nome, genericamente falando e dentro do conceito de antroponímia, refere todos os vocábulos que compõem a denominação pela qual nos identificamos como pessoas, como estabelece o prof. Franz August Gernot Lippert em: 'O Nome das Pessoas Físicas no Direito Brasileiro'.
Os franceses distinguem prenomes e nomes, utilizando os primeiros na identificação do indivíduo, e os segundos na identificação das famílias a que ele pertence, como ensina Albert Dauzat.
Estudiosos portugueses e brasileiros admitem apenas as designações clássicas: nomes, para os indivíduos, e apelidos, para as famílias. De um e de outro difere a alcunha, codinome que alguns indivíduos conquistam, ou sofrem.
Os apelidos de família, ou de clã, remontam a mais de cinco mil anos, como se pode ver na Bíblia, Números, 1, 20 a 50, quando o Senhor ordenou a Moisés, no Sinai, que fizesse o recenseamento dos filhos de Israel após a saída do Egito. Foram contados 603.550 homens de mais de vinte anos e toda esta gente, mais a família de cada um, foi dividida em doze tribos, mais a tribo de Levi que ficou encarregada do sacerdócio. Do nome de cada um dos patriarcas originou-se o nome da tribo ou, modernamente, seu apelido. Da tribo de Judá, a Bíblia dá minuciosa genealogia até Jesus. Desde a Idade Média e até ao século XVIII, em algumas zonas rurais portuguesas as pessoas eram conhecidas apenas pelo nome próprio, ao qual era acrescentado o patronímico (nome do pai), para os rapazes, e o matronímico, (nome da mãe), para as moças. Em casos mais raros podia o rapaz ser conhecido pelo matronímico, por exemplo, se não tivesse pai, ou a moça pelo patronímico, no caso, por exemplo, de o pai ser de uma família mais distinta do que a da mãe. A partir do fim da Idade Média, numa lenta transição das urbes (cidades) para o campo, e do litoral para o interior, os patronímicos tendem a fixar-se, transmitindo-se sempre o mesmo, já como sobrenome de uma determinada família que o usa em comum.

Calçadão de Copacabana


Portugueses da Aldeia chamada Neves participaram
da construção do calçadão de Copacabana

Os Neves participaram da construção do calçadão de Copacabana
Esse ramo foi para Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, onde ele foi juiz ordinário nomeado pela Corte no Brasil.  Esse fato explica a presença da família
NEVES no Sul do Brasil. Outro registro é Passo Fundo, onde o cabo José Neves foi o precursor da cidade, nas antigas fazendas das milícias que foram instrumentos de colonização do Sul. Ele se fixou na cidade e ajudou a criar o núcleo urbano. Depois, um paulista chamado Manoel José Neves também chegou e foi o primeiro morador branco da cidade. Mas, José Joaquim de Andrade Neves foi agraciado pelo imperador Dom Pedro II com o título de Barão do Triunfo, uma homenagem pelos seus atos de bravura na Guerra do Paraguai.
Na
Bahia, a fixação inicial se deu em Salvador. O primeiro registro baiano retrata Anna Maria da Costa Neves que se casou na capital da Bahia em meados do século XVIII com Caetano Vicente Almeida, este do clã Almeida que também tem origem portuguesa. Mas, depois, parte da família desceu para o Sul do Estado, para as cidades de Caravelas e Alcobaça. Hoje, há uma fazenda chamada São Gonçalo (foto abaixo), que está com membros da família há mais de 200 anos. Há um outro registro do alferes Hermenegildo de Almeida Neves, que também nasceu em Salvador e emigrou para Caravelas, na primeira metade do século XIX. Ele casou-se com Theodora Muniz Cordeiro, do clã Muniz, também de origem portuguesa,  criando um ramo da família Almeida Muniz, tradicional naquela região brasileira, que gerou novos integrantes para o Nordeste.
O Estado de Pernambuco tem diversos membros da família que chegaram em busca das oportunidades oferecidas por Portugal pela extração da cana-de-açúcar e plantio do algodão em terras brasileiras. O registro que há da chegada a esse Estado é de Antonio de Sá Neves que vem da região do
Salgueiro, em Portugal.
No Pará, o sobrenome NEVES tem uma procedência conhecida de uma antiga família do coronel Antônio da Silva Neves, no período de 1770 a 1844, que casou-se nos idos de 1805 com Ana Benta de Lima. A geração seguinte a este enlace seguiu com as famílias Seabra, Baeta, Perdigão, Carneiro Junqueira, Amorim, Andrade, Reis Brazão e Figueira.
No Espírito Santo, a origem começa na Bahia. O mesmo ramo já citado acima. Desse núcleo, sai Graciano Neves que forma a família Santos Neves, cujo principal nome é Joao dos Santos Neves.  Essa família forte no solo capixaba era escravocrata
no período que a Vila Nova de São Mateus pertencia à Capitania de Porto Seguro. Nessa época, Sao Mateus era mais importante economicamente que a capital Vitória. Essa família passou a dominar o comércio de escravos, de gêneros alimentícios como farinha de mandioca, inhame e açúcar mascavo. Eles estão presentes no chamado Ciclo de Angola, período em que diversos escravos angolanos de Cabinda, Luanda e Benguela chegam ao Brasil, através do porto de São Mateus, no rio Cricaré. Essa família fez fortuna porque esses escravos eram os mais valorizados pelo mercado naquela época. Eles criaram um projeto de reprodução de escravos angolanos na Fazenda Sapê do Norte, após a Lei Eusébio de Queiroz (1850) proibir o tráfico da África ao Brasil. Na decadência do negócio, a família se mudou para Vitória onde construíram palacetes nas praias do Suá, do Canto, Santa Helena e Barracão. O filho dele, Dr. João dos Santos Neves, médico formado no Rio de Janeiro, atuou em Baixo Guandu e na capital Vitoria. Tinha muito prestígio pelo dinheiro e eram a família mais aristocrática e rica do Espirito Santo. Passam a influenciar a política capixaba e acabou por Jones dos Santos Neves assumir o cargo de Interventor. Depois foi eleito governador de 1951 a 1955, mas fez uma administração transformadora com o seu Plano de Valorização Econômica.
Em São Paulo há registro de um ramo da família que veio para o Brasil  de Machico, na Ilha da Madeira, com o nome de José das Neves Júnior (1889). Sua chegada ao nosso país acontece em 1910 em Araraquara para trabalhar no plantio de café, na divisa com o Paraná. Ele casou-se com outra portuguesa vinda de Mira, chamada Maria Augusta de Jesus. Eles fincam
raízes com os cinco filhos nas cidades de Ourinhos e Salto Grande, com passagens pela capital.
Há muitos membros da família
NEVES em Portugal, em especial em Lisboa (a capital), em Castanheira de Pera (também nas freguesias de Maçãs D. Maria, Pousaflores e Chão de Couce) em Almada, em Ramalde/Porto, Évora, Meda, Calhau, Minho, Coimbra, Simantorta, Vallongo, Alentejo,  Folgosa e em Ericera.  Há uma linha teórica que diz que a raiz da família  está nas moradas de Serra da Estrela, por causa da neve que era mais intensa na região, conforme registra um antigo censo português.
Há noticias de representantes da família na Africa, em especial nos países que falam a lingua portuguesa,
como Moçambique e Angola, na Ilha da Madeira e nos Açores; mas também no Canadá, nos Estados Unidos, na Argentina (membros oriundos de Algarve) e em diversos países da Europa.
Prof. Adilson  NEVES
(http://adilsonrneves.blogspot.com/2009/03/brasao-da-familia-neves.html)

PERSONAGENS DA MATA



Casarão da Mata
Esta era a sede da Fazenda da Mata
Fazenda São João 
decada de 1970


PERSONAGENS DA MATA
Ainda recordo dos principais personagens  que povoaram minha infância na Fazenda da Mata.
O velho Alexandre, antigo empregado de vovô juntamente com sua família. Lembro-me de  sua mulher Mariana que além de empregada de vovó era amiga da família.
A família da mãe Zé, deles o José Soares e sua família sempre presente na fazenda prestando serviços diversos.
Houve outros empregados, mas estas duas famílias é que mais marcaram presença ao lado de vovô e com os quais convivi.


VOVÓ ANITA



VOVÓ ANITA costumava ficart na janela espiando os animais, os pastos e colina.

Na foto acima podemos vê-la  na janela da cozinha observando a movimentação dos netos em férias. 

A vida na fazenda era maravilhosa. Havia frutas a vontade, além dos deliciosos doces que vovó sempre fazia. 

Lá passei os melhores dias de minha infância e parte de minha adolescência.


ANOS SESSENTA


Chegando em São Paulo mamãe  tratou de matricular  os meninos no Externato, colégio das freiras, ao lado do Santuário N. S. S. Coração. Um mundo novo descortinava-se a minha frente. Mamãe e papai fazia questão que estudássemos no colégio católico, como eram três crianças mamãe conseguiu que estudássemos com bolsa de estudos sendo feito um acordo com a Irmã Lucy, a diretora na época de que eu, sendo o mais velho dos irmãos prestasse serviços junto a escola no segundo período. Assim eu estudava de manha e na parte da tarde auxiliava as freiras nos serviços de levar recados aos professores, sair para levar ou buscar papéis ali na redondeza, serviços de “Office boy”  .
Padre Luiz, vigário na década de 1960 quando me encontrava sorrido dizia:
Eis o secretario da irmã Lucy - o que de certa forma lisonjeava-me muito.
Passei a ter uma participação intensa na paróquia e um convívio maior com os padres e as freiras.
Fui coroinha, cruzado,  atuava nas apresentações teatrais e estava sempre presente aos eventos culturais e religiosos.
!962 deixei a casa paterna e ingressei no Seminário menos, em Itajubá.

SOBRE O AUTOR


Adauto Neves, o primogênito de cinco irmãos de uma família humilde. São três homens e duas mulheres sendo que três outros dois natimorto e um sucumbiu logo após o nascimento.
Seus pais casaram-se e foram tentar a vida e.m São Paulo. Porém  quando estava próximo ao nascimento do primeiro filho mamãe quis ficar junto da sua mãe e por isso retornou a minas para o meu nascimento enquanto papai continuou na Capital de São Paulo trabalhando.
Assim que passou o período  pós parto meu pai trouxe-nos para São Paulo. Pouco antes de  completar dois anos de vida fomos todos de  volta para a cidade natal,  onde inicialmente passamos a morar  com os avós maternos em Campo Belo, MG. Depois  mudando-se para o Porto dos Mendes, localidade a beira do Rio Grande , onde papai nascera e sua família estava.
Vivemos alguns anos no velho sobrado que fora de meu avô ou bisavô bem no centro do povoado entre a Igreja e o cemitério paroquial. Em 1954 nasceu o segundo filho, o Pascoal e pouco depois antes de completar seu primeiro ano de vida deixamos o povoado e fomos para junto de meus avós maternos na Fazenda da Mata para onde meus avós mudaram recentemente.
Vivemos na Fazenda da Mata onde nasceu minha irmã, terceiro filho (vivo) e depois voltamos para o Porto dos Mendes, agora, no sítio onde papai construíra uma sede ( 1958 /1959).
Não demorou muito papai resolveu mudar com a família para São Paulo em busca de maior oportunidade. Mas antes deixou mamãe e os dois filhos com meus avós e só depois de um tempo aproximado, quase um ano é que estabelecido, foi buscar a família para o local onde permanecem até o presente.  

A Vida e a Viagem de Trem


A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.
Quando nascemos entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais.
Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis. Isso porém não impedirá que, durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem. Chegam
então nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!
Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.
Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos, quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede, é claro, de ir ao seu encontro. No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele assento.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem então, da melhor maneira
possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurandem cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém que nos acudirá com seu carinho e sua atenção.
O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
 Eu fico pensando se quando descer desse trem
sentirei saudades... Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito triste com certeza; mas me agarro na esperança que em algum momento estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar.
Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado
valiosa.
Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido à pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem. “

(adaptado de um texto de autor desconhecido)

MY HERITAGE - A página da Família NEVES


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A história conhecida da Família Neves no Brasil

Segundo o Prof. Adilsno Neves, O sobrenome NEVES é português de origem cristã desde a Idade Média. Há uma linha de pesquisa que defende que a origem do nome se dá pelo fervor católico dos seus membros e uma homenagem a Nossa Senhora das Neves, em virtude de uma capela construída em devoção a Nossa Senhora das Neves (Santa Maria Maior) que acabou dando lugar ao nome de uma aldeia, que está inserida em três freguesias (Barroselas, Mujães e Vila de Punhe), no noroeste de Portugal. Esse nome foi progressivamente substituindo o nome Souto de Arques, passando-se, com efeito, a chamar-se Souto das Neves.
Curiosamente essa mesma capela foi construída por um ex-emigrante do Brasil, João Pires Ramalho. Este senhor regressou do Brasil nos meados do século XVI com muito dinheiro na algibeira; mas com uma doença na garganta. Após a construção de um solar, construiu a capela em honra  de Nossa Senhora das Neves também como prova da sua fé e na ânsia de encontrar a cura junto da devoção.
Há informações de que não são originários da nobreza portuguesa. Houve um período que o Império de Portugal fazia muita propaganda do Brasil e suas riquezas. Havia facilidades para conseguir feitorias, sesmarias, capitanias e até cargos militares, desde que fosse assumido o compromisso de defender a nova terra, catequizar os indios e os mestiços, além de administrar os escravos.
Os historiadores afirmam que membros da família vieram para o Brasil, no período do domínio de Portugal, dentre eles quatro irmãos que estabeleceram-se em Vila Rica (hoje, a cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Esse grupo era tradicionalmente cristão e composto por ourives que aproveitaram a fase áurea da produção de ouro nas montanhas de Minas. Depois, parte deles mudou-se para Diamantina no auge da produção de diamantes onde trabalharam na confecção de jóias. Depois, um deles foi para o Rio de Janeiro, sede do reinado; outro para São Paulo e outro para a Bahia, todos centros comerciais em evolução na época colonial.
Depois disso, a familia NEVES se espalhou, mas manteve uma forte tradição em Minas Gerais, tendo como destaque nomes como o do ex- governador e ex-presidente Tancredo Neves (in memorian) e o hoje governador Aecio Neves (neto de Tancredo), Dom Lucas Moreira Neves (cardeal da Igreja Católica Apostólica Romana), dentre outros (o Solar dos Neves está na foto abaixo e faz parte do registro histórico da família na cidade de São João Del Rey). Há membros da família por todo o Brasil, do Sul ao Norte, mas se você pesquisar, perceberá que a raiz é a mesma e portuguesa, com  certeza. Outro ramo dos NEVES em Minas Gerais, que é muito forte, são Baeta Neves, espalhados por cidades como Queluz, Itabirito, Rio Branco, Juiz de Fora, Pará de Minas, Conselheiro Lafaiete, Belo Horizonte, Barbacena, Rio Pomba, Visconde do Rio Branco e arredores. A origem também é portuguesa de Folgosa, Conselho de Gois, distrito de Coimbra, em Portugal, onde consta nomes como Manuel das Neves. Uma região simples, mas muito bonita. Os registros históricos dão conta do comendador Joaquim Lourenço Baeta Neves (1810-1870), que mudou-se para Queluz (MG), onde casa-se com Maria Fortunata Monteiro de Barros, (1810-1864).  Outro registro interessante é de Manuel José Baeta Neves em Conselheiro Lafaiete no periodo do Brasil Império. Ele foi capitão da Guarda Nacional e Comendador da Ordem de Cristo. Foi casado com a baronesa Maria Benigna Baeta Neves. Parte deste ramo da família, agora também Baeta, mudou-se para o Rio de Janeiro nos anos seguintes e proliferou. Há um registro do deputado federal João Baeta Neves, oriundo de Conselheiro Lafaiete, que muda-se para a então capital Rio de Janeiro com a esposa Angelina de Andrade Baeta Neves.
No Rio de Janeiro, há o registro de José Joaquim de Andrade Neves, filho de José Joaquim de Figueiredo Neves (mesmo ramo da família do ex-presidente João Baptista Figueiredo). Muitos portugueses oriundos da aldeia chamada Neves participaram da construção do calçadão de Copacabana
Esse ramo foi para Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, onde ele foi juiz ordinário nomeado pela Corte no Brasil.  Esse fato explica a presença da família NEVES no Sul do Brasil. Outro registro é Passo Fundo, onde o cabo José Neves foi o precursor da cidade, nas antigas fazendas das milícias que foram instrumentos de colonização do Sul. Ele se fixou na cidade e ajudou a criar o nucleo urbano. Depois, um paulista chamado Manoel José Neves também chegou e foi o primeiro morador branco da cidade. Mas, José Joaquim de Andrade Neves foi agraciado pelo imperador Dom Pedro II com o título de Barão do Triunfo, uma homenagem pelos seus atos de bravura na Guerra do Paraguai.
Na Bahia, a fixação inicial se deu em Salvador. O primeiro registro baiano retrata Anna Maria da Costa Neves que se casou na capital da Bahia em meados do século XVIII com Caetano Vicente Almeida, este do clã Almeida que também tem origem portuguesa. Mas, depois, parte da família desceu para o Sul do Estado, para as cidades de Caravelas e Alcobaça. Hoje, há uma fazenda chamada São Gonçalo (foto abaixo), que está com membros da família há mais de 200 anos. Há um outro registro do alferes Hermenegildo de Almeida Neves, que também nasceu em Salvador e emigrou para Caravelas, na primeira metade do século XIX. Ele casou-se com Theodora Muniz Cordeiro, do clã Muniz, também de origem portuguesa,  criando um ramo da família Almeida Muniz, tradicional naquela região brasileira, que gerou novos integrantes para o Nordeste.
O Estado de Pernambuco tem diversos membros da família que chegaram em busca das oportunidades oferecidas por Portugal pela extração da cana-de-açucar e plantio do algodão em terras brasileiras. O registro que há da chegada a esse Estado é de Antonio de Sá Neves que vem da região do Salgueiro, em Portugal.
No Pará, o sobrenome NEVES tem uma procedência conhecida de uma antiga família do coronel Antônio da Silva Neves, no período de 1770 a 1844, que casou-se nos idos de 1805 com Ana Benta de Lima. A geração seguinte a este enlace seguiu com as famílias Seabra, Baeta, Perdigão, Carneiro Junqueira, Amorim, Andrade, Reis Brazão e Figueira.
No Espirito Santo, a origem começa na Bahia. O mesmo ramo já citado acima. Desse núcleo, sai Graciano Neves que forma a família Santos Neves, cujo principal nome é Joao dos Santos Neves.  Essa família forte no solo capixaba era escravocrata no período que a Vila Nova de São Mateus pertencia à Capitania de Porto Seguro. Nessa época, Sao Mateus era mais importante economicamente que a capital Vitória. Essa família passou a dominar o comércio de escravos, de gêneros alimentícios como farinha de mandioca, inhame e açúcar mascavo. Eles estão presentes no chamado Ciclo de Angola, período em que diversos escravos angolanos de Cabinda, Luanda e Benguela chegam ao Brasil, através do porto de São Mateus, no rio Cricaré. Essa família fez fortuna porque esses escravos eram os mais valorizados pelo mercado naquela época. Eles criaram um projeto de reprodução de escravos angolanos na Fazenda Sapê do Norte, após a Lei Eusébio de Queiroz (1850) proibir o tráfico da África ao Brasil. Na decadência do negócio, a família se mudou para Vitória onde construíram palacetes nas praias do Suá, do Canto, Santa Helena e Barracão. O filho dele, Dr. Joao dos Santos Neves, médico formado no Rio de Janeiro, atuou em Baixo Guandu e na capital Vitoria. Tinha muito prestígio pelo dinheiro e eram a família mais aristocrática e rica do Espirito Santo. Passam a influenciar a política capixaba e acabou por Jones dos Santos Neves assumir o cargo de Interventor. Depois foi eleito governador de 1951 a 1955, mas fez uma administração transformadora com o seu Plano de Valorização Econômica.
Em São Paulo há registro de um ramo da família que veio para o Brasil  de Machico, na Ilha da Madeira, com o nome de José das Neves Júnior (1889). Sua chegada ao nosso país acontece em 1910 em Araraquara para trabalhar no plantio de café, na divisa com o Paraná. Ele casou-se com outra portuguesa vinda de Mira, chamada Maria Augusta de Jesus. Eles fincam raízes com os cinco filhos nas cidades de Ourinhos e Salto Grande, com passagens pela capital.
Há muitos membros da família NEVES em Portugal, em especial em Lisboa (a capital), em Castanheira de Pera (também nas freguesias de Maçãs D. Maria, Pousaflores e Chão de Couce) em Almada, em Ramalde/Porto, Évora, Meda, Calhau, Minho, Coimbra, Simantorta, Vallongo, Alentejo,  Folgosa e em Ericera.  Há uma linha teórica que diz que a raiz da família  está nas morradas de Serra da Estrela, por causa da neve que era mais intensa na região, conforme registra um antigo censo português.
Há noticias de representantes da família na Africa, em especial nos países que falam a lingua portuguesa, como Moçambique e Angola, na Ilha da Madeira e nos Açores; mas também no Canadá, nos Estados Unidos, na Argentina (membros oriundos de Algarve) e em diversos países da Europa.